segunda-feira, 17 de agosto de 2015

RESUMO AULA SOBRE GAMETOGÊNESE - TURMA 100 - BIOLOGIA


Segue o resumo da aula sobre gametogênese

turma 100 - Biologia - Profa. Dra. Grace de Lourdes Cardoso

Gametogênese: formação de gametas
Vimos que os gametas são células haploides originadas das células germinativas diploides, por um processo de divisão celular chamado meiose. Porém, é importante lembrar-se de que os gametas são células especializadas e adaptadas à função que desempenham.
Por isso, além da divisão meiótica, a gametogênese desenvolve processos de diferenciação celular.
O que é gametogênese?
É o processo pelo qual os gametas são produzidos nos organismos dotados de reprodução sexuada.
Gameta masculino – Espermatozóide.
Gameta feminino – Ovócito.
Os gametas possuem metade do número de cromossomos presentes nas células somáticas, ou seja 23 cromossomos.
O Zigoto contém 46 cromossomos.
Nos animais, a gametogênese acontece nas gônadas, órgãos que também produzem os hormônios sexuais, que determinam as características que diferenciam os machos das fêmeas.
ESPERMATOGÊNESE
PROCESSO DE FORMAÇÃO DE ESPERMATOZÓIDES A PARTIR DAS ESPERMATOGÔNIAS.  OCORRE NOS TESTÍCULOS
Os espermatozoides, gametas masculinos, originam-se de células diploides (2n) especiais denominadas células germinativas. Tanto no homem como na mulher, as células germinativas encontram-se em órgãos denominados gônadas. As gônadas masculinas recebem o nome de testículos.
ETAPAS DA ESPERMATOGÊNESE
          Mitoses na fase de multiplicação que dura a vida inteira.
          Fase de Crescimento sem divisões celulares.
          Meiose somente na fase de maturação que origina espermátides que se transformarão em espermatozóides
          Espermiogênese


Período germinativo
A partir da 5ª semana de vida, um embrião já tem células germinativas em suas gônadas.
Aos 7 anos de idade, aproximadamente, as células germinativas, realizam inúmeras mitose, dando origem as células chamadas espermatogônias, também diploides.
Na época da adolescência, algumas espermatogônias evoluem para um outro tipo de células, ainda diploide, o espermatócito primário (cito I)
Os espermatócitos primários sofrem a meiose I, transformando-se em espermatócitos secundários. Estes sofrem a meiose II, dando origem as espermátides, que são haploides.

v  Fase de proliferação ou de multiplicação:
                Tem início durante a vida intra-uterina, antes mesmo do nascimento do menino, e se prolonga praticamente por toda a vida. As células primordiais dos testículos, diploides, aumentam em quantidade por mitoses consecutivas e formam as espermatogônias .

v  Fase de crescimento:
                Um pequeno aumento no volume do citoplasma das espermatogônias as converte em espermatócitos de primeira ordem, também chamados espermatócitos primários ou espermatócitos I, também diploides.

v  Fase de maturação:
                Também é rápida, nos machos, e corresponde ao período de ocorrência da meiose. Depois da primeira divisão meiótica, cada espermatócito de primeira ordem origina dois espermatócitos de segunda ordem (espermatócitos secundários ou espermatócitos II). Como resultam da primeira divisão da meiose, já são haplóides, embora possuam cromossomos duplicados. Com a ocorrência da segunda divisão meiótica, os dois espermatócitos de segunda ordem originam quatro espermátides haplóides.

Espermiogênese
o  É a fase final de produção de espermatozóides.
o  Processo pelo qual as espermátides se transformam em espermatozóides.
o  Espermátides: pequeno tamanho;
Por meio de um processo chamado espermiogênese, as espermátides passam por profundas transformações, evoluindo, finalmente, para espermatozóides. Estes apresentam uma cabeça, onde se encontra o material genético. Na região anterior da cabeça localiza-se o acrossomo, que possui uma enzima, que auxilia a penetração do sptz no óvulo.



Logo após a cabeça segue-se a peça intermediaria, com inúmeras mitocôndrias, cuja função é providenciar a energia necessária à locomoção do sptz.
Logo a seguir está a cauda ou o flagelo, que tem origem a partir do crescimento de um dos centríolos e destina-se à locomoção da célula. O outro centríolo permanece próximo ao núcleo.

Ovogênese
Processo que abrange a formação, nas gônadas femininas (ovários), dos gametas femininos. Inicia-se ainda no período pré-natal e termina depois do fim da maturação sexual (puberdade).





A ovogênese é dividida em três etapas:
Fase de multiplicação ou de proliferação: É uma fase de mitoses consecutivas, quando as células germinativas aumentam em quantidade e originam ovogônias. Nos fetos femininos humanos, a fase proliferativa termina por volta do final do primeiro trimestre da gestação. Portanto, quando uma menina nasce, já possui em seus ovários cerca de 400 000 folículos de Graff. É uma quantidade limitada, ao contrário dos homens, que produzem espermatogônias durante quase toda a vida.
Por volta do 7º mês de gestação, todas as oogônias já se transformaram em ovócitos primários. Estes entram em meiose I e concluem o estágio de paquíteno, permanecendo assim, ate a maturidade sexual da menina. São de 40 a 400 mil ovócitos, dos quais não mais de 400 completarão seu desenvolvimento.
Fase de crescimento: Logo que são formadas, as ovogônias iniciam a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I. Passam, então, por um notável crescimento, com aumento do citoplasma e grande acumulação de substâncias nutritivas. Esse depósito citoplasmático de nutrientes chama-se vitelo, e é responsável pela nutrição do embrião durante seu desenvolvimento.
Terminada a fase de crescimento, as ovogônias transformam-se em ovócitos primários (ovócitos de primeira ordem ou ovócitos I). Nas mulheres, essa fase perdura até a puberdade, quando a menina inicia a sua maturidade sexual.

Período de crescimento
Os ovócitos primários aumentam de volume porque seu citoplasma é preenchido por uma substância protéica chamada vitelo, que nutrirá o embrião no inicio do seu desenvolvimento. Os ovócitos também têm um revestimento membranoso denominado zona pelúcida

Fase de maturação: Dos 400 000 ovócitos primários, apenas 350 ou 400 completarão sua transformação em gametas maduros, um a cada ciclo menstrual. A fase de maturação inicia-se quando a menina alcança a maturidade sexual, por volta de 11 a 15 anos de idade.
Quando o ovócito primário completa a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I, origina duas células. Uma delas não recebe citoplasma e desintegra-se a seguir, na maioria das vezes sem iniciar a segunda divisão da meiose. É o primeiro corpúsculo (ou glóbulo) polar.
A outra célula, grande e rica em vitelo, é o ovócito secundário (ovócito de segunda ordem ou ovócito II). Ao sofrer, a segunda divisão da meiose, origina o segundo corpúsculo polar, que também morre em pouco tempo, e o óvulo, gameta feminino, célula volumosa e cheia de vitelo.

Período de maturação
Por volta dos 12 anos, num curto período que antecede a ovulação, o ovócito primário completará a meiose I, que dará origem a duas células desiguais: um ovócito secundário (funcional) e um corpúsculo polar.

No momento em que é formado o ovócito primário a partir da ovogônia, ele é envolvido por uma camada de células foliculares, que tem forma achatada.
As células foliculares, são, as responsáveis por eliminar o ovócito, que ocorre mais ou menos na metade do ciclo ovariano.
Na puberdade, a cada período reprodutivo, vários ovócitos reiniciam a divisão meiótica, porém apenas um vai ser eliminado a cada mês na ovulação



Diferenças
1. A espermatogênese é um processo contínuo, enquanto a ovogênese está relacionada ao ciclo reprodutivo da mulher;
2. Na espermatogênese, cada espermatogônia produz 4 espermatozóides. Na ovogênese, cada ovogônia dá origem a apenas um ovócito e células inviáveis denominadas corpúsculos polares;
3. A produção de gametas masculinos é um processo que se continua até a velhice, enquanto que a produção de gametas femininos cessa com a menopausa;
4.O espermatozóide é uma célula pequena e móvel, enquanto que o ovócito é uma célula grande e sem mobilidade;
5.Quanto à constituição cromossômica, existem dois tipos de espermatozóides: 23,X ou 23,Y. A mulher só produz um tipo de gameta quanto à constituição cromossômica: 23,X.


Os Hormônios
FSH - Abreviatura inglesa de hormônio folículo-estimulante. Atua nos folículos ovarianos, promovendo seu crescimento e proporcionando um meio adequado ao desenvolvimento dos óvulos (oócitos). A dosagem de FSH no sangue, feita entre o primeiro e o quinto dia do ciclo menstrual, tem relação com a quantidade de folículos (e também de óvulos) que existem nos ovários: quando esta quantidade é pequena, o valor de FSH é alto. Desta forma, para a reprodução, é melhor que o FSH tenha concentração plasmática baixa. A concentração de FSH no sangue tende a aumentar com a idade, sendo muito alta na menopausa.
LH - Abreviatura inglesa de hormônio luteinizante. Este hormônio, também produzido na hipófise, como o FSH, atua principalmente na iniciação do mecanismo de ovulação. Quando o LH aumenta no sangue (o que ocorre aproximadamente no meio do ciclo menstrual, perto do 14º dia), o folículo se rompe e libera o óvulo, que pode ser capturado pela tuba (trompa). Se a concentração de LH no sangue for muito alta, pode ocorrer dificuldade de crescimento dos folículos e maturação dos óvulos, levando a infertilidade por falha na ovulação.

ESTRÓGENO
O estrógeno induz as células de muitos locais do organismo, a proliferar, isto é, a aumentar em número.
O estrogênio é produzido pelo folículo ovariano em maturação. Esse hormônio é fabricado pelos ovários e liberado na primeira fase do ciclo menstrual.
PROGESTERONA
Está principalmente relacionada com a preparação do útero para a aceitação do embrião e à preparação das mamas para a secreção láctea. Em geral, a progesterona aumenta o grau da atividade secretória das glândulas mamárias e, também, das células que revestem a parede uterina, acentuando o espessamento do endométrio e fazendo com que ele seja intensamente invadido por vasos sanguíneos;


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