Segue o resumo da aula sobre
gametogênese
turma
100 - Biologia - Profa. Dra. Grace de Lourdes Cardoso
Gametogênese: formação de gametas
Vimos que os gametas são células
haploides originadas das células germinativas diploides, por um processo de
divisão celular chamado meiose. Porém, é importante lembrar-se de que os
gametas são células especializadas e adaptadas à função que desempenham.
Por isso, além da divisão
meiótica, a gametogênese desenvolve processos de diferenciação celular.
O que é gametogênese?
É o processo pelo qual os gametas
são produzidos nos organismos dotados de reprodução sexuada.
Gameta masculino –
Espermatozóide.
Gameta feminino – Ovócito.
Os gametas possuem metade do
número de cromossomos presentes nas células somáticas, ou seja 23 cromossomos.
O Zigoto contém 46 cromossomos.
Nos animais, a gametogênese
acontece nas gônadas, órgãos que também produzem os hormônios sexuais, que
determinam as características que diferenciam os machos das fêmeas.
ESPERMATOGÊNESE
PROCESSO DE FORMAÇÃO DE
ESPERMATOZÓIDES A PARTIR DAS ESPERMATOGÔNIAS. OCORRE NOS TESTÍCULOS
Os espermatozoides, gametas
masculinos, originam-se de células diploides (2n) especiais denominadas células
germinativas. Tanto no homem como na mulher, as células germinativas
encontram-se em órgãos denominados gônadas. As gônadas masculinas recebem o
nome de testículos.
ETAPAS DA ESPERMATOGÊNESE
•
Mitoses na fase de multiplicação que dura a
vida inteira.
•
Fase de Crescimento sem divisões celulares.
•
Meiose somente na fase de maturação que
origina espermátides que se transformarão em espermatozóides
•
Espermiogênese
Período germinativo
A partir da 5ª semana de vida, um
embrião já tem células germinativas em suas gônadas.
Aos 7 anos de idade,
aproximadamente, as células germinativas, realizam inúmeras mitose, dando origem
as células chamadas espermatogônias, também diploides.
Na época da adolescência, algumas
espermatogônias evoluem para um outro tipo de células, ainda diploide, o
espermatócito primário (cito I)
Os espermatócitos primários
sofrem a meiose I, transformando-se em espermatócitos secundários. Estes sofrem
a meiose II, dando origem as espermátides, que são haploides.
v
Fase de proliferação ou de multiplicação:
Tem
início durante a vida intra-uterina, antes mesmo do nascimento do menino, e se
prolonga praticamente por toda a vida. As células primordiais dos testículos,
diploides, aumentam em quantidade por mitoses consecutivas e formam as
espermatogônias .
v
Fase de crescimento:
Um
pequeno aumento no volume do citoplasma das espermatogônias as converte em
espermatócitos de primeira ordem, também chamados espermatócitos primários ou
espermatócitos I, também diploides.
v
Fase de maturação:
Também
é rápida, nos machos, e corresponde ao período de ocorrência da meiose. Depois
da primeira divisão meiótica, cada espermatócito de primeira ordem origina dois
espermatócitos de segunda ordem (espermatócitos secundários ou espermatócitos
II). Como resultam da primeira divisão da meiose, já são haplóides, embora possuam
cromossomos duplicados. Com a ocorrência da segunda divisão meiótica, os dois
espermatócitos de segunda ordem originam quatro espermátides haplóides.
Espermiogênese
o
É a fase final de produção de espermatozóides.
o
Processo pelo qual as espermátides se
transformam em espermatozóides.
o
Espermátides: pequeno tamanho;
Por meio de um processo chamado espermiogênese, as
espermátides passam por profundas transformações, evoluindo, finalmente, para
espermatozóides. Estes apresentam uma cabeça, onde se encontra o material
genético. Na região anterior da cabeça localiza-se o acrossomo, que possui uma
enzima, que auxilia a penetração do sptz no óvulo.
Logo após a cabeça segue-se a
peça intermediaria, com inúmeras mitocôndrias, cuja função é providenciar a
energia necessária à locomoção do sptz.
Logo a seguir está a cauda ou o
flagelo, que tem origem a partir do crescimento de um dos centríolos e destina-se
à locomoção da célula. O outro centríolo permanece próximo ao núcleo.
Ovogênese
Processo que abrange a
formação, nas gônadas femininas (ovários), dos gametas femininos. Inicia-se
ainda no período pré-natal e termina depois do fim da maturação sexual (puberdade).
A ovogênese é dividida em três
etapas:
Fase de multiplicação ou de
proliferação: É uma fase de mitoses consecutivas, quando as células
germinativas aumentam em quantidade e originam ovogônias. Nos fetos femininos
humanos, a fase proliferativa termina por volta do final do primeiro trimestre
da gestação. Portanto, quando uma menina nasce, já possui em seus ovários cerca
de 400 000 folículos de Graff. É uma quantidade limitada, ao contrário dos
homens, que produzem espermatogônias durante quase toda a vida.
Por volta do 7º mês de gestação,
todas as oogônias já se transformaram em ovócitos primários. Estes entram em
meiose I e concluem o estágio de paquíteno, permanecendo assim, ate a
maturidade sexual da menina. São de 40 a 400 mil ovócitos, dos quais não mais
de 400 completarão seu desenvolvimento.
Fase de crescimento: Logo
que são formadas, as ovogônias iniciam a primeira divisão da meiose,
interrompida na prófase I. Passam, então, por um notável crescimento, com
aumento do citoplasma e grande acumulação de substâncias nutritivas. Esse
depósito citoplasmático de nutrientes chama-se vitelo, e é responsável pela
nutrição do embrião durante seu desenvolvimento.
Terminada a fase de crescimento,
as ovogônias transformam-se em ovócitos primários (ovócitos de primeira ordem
ou ovócitos I). Nas mulheres, essa fase perdura até a puberdade, quando a
menina inicia a sua maturidade sexual.
Período de crescimento
Os ovócitos primários aumentam de
volume porque seu citoplasma é preenchido por uma substância protéica chamada
vitelo, que nutrirá o embrião no inicio do seu desenvolvimento. Os ovócitos
também têm um revestimento membranoso denominado zona pelúcida
Fase de maturação: Dos 400
000 ovócitos primários, apenas 350 ou 400 completarão sua transformação em
gametas maduros, um a cada ciclo menstrual. A fase de maturação inicia-se
quando a menina alcança a maturidade sexual, por volta de 11 a 15 anos de
idade.
Quando o ovócito primário
completa a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I, origina duas
células. Uma delas não recebe citoplasma e desintegra-se a seguir, na maioria
das vezes sem iniciar a segunda divisão da meiose. É o primeiro corpúsculo (ou
glóbulo) polar.
A outra célula, grande e rica em
vitelo, é o ovócito secundário (ovócito de segunda ordem ou ovócito II). Ao
sofrer, a segunda divisão da meiose, origina o segundo corpúsculo polar, que
também morre em pouco tempo, e o óvulo, gameta feminino, célula volumosa e
cheia de vitelo.
Período de maturação
Por volta dos 12 anos, num curto
período que antecede a ovulação, o ovócito primário completará a meiose I, que
dará origem a duas células desiguais: um ovócito secundário (funcional) e um
corpúsculo polar.
No momento em que é formado o ovócito primário
a partir da ovogônia, ele é envolvido por uma camada de células foliculares,
que tem forma achatada.
As células foliculares, são,
as responsáveis por eliminar o ovócito, que ocorre mais ou menos na metade do
ciclo ovariano.
Na puberdade, a cada período
reprodutivo, vários ovócitos reiniciam a divisão meiótica, porém apenas um vai
ser eliminado a cada mês na ovulação
Diferenças
1. A espermatogênese é um
processo contínuo, enquanto a ovogênese está relacionada ao ciclo reprodutivo
da mulher;
2. Na espermatogênese, cada espermatogônia
produz 4 espermatozóides. Na ovogênese, cada ovogônia dá origem a apenas um
ovócito e células inviáveis denominadas corpúsculos polares;
3. A produção de gametas
masculinos é um processo que se continua até a velhice, enquanto que a produção
de gametas femininos cessa com a menopausa;
4.O espermatozóide é uma
célula pequena e móvel, enquanto que o ovócito é uma célula grande e sem
mobilidade;
5.Quanto à constituição
cromossômica, existem dois tipos de espermatozóides: 23,X ou 23,Y. A mulher só
produz um tipo de gameta quanto à constituição cromossômica: 23,X.
Os Hormônios
FSH - Abreviatura inglesa de
hormônio folículo-estimulante. Atua nos folículos ovarianos, promovendo seu
crescimento e proporcionando um meio adequado ao desenvolvimento dos óvulos
(oócitos). A dosagem de FSH no sangue, feita entre o primeiro e o quinto dia do
ciclo menstrual, tem relação com a quantidade de folículos (e também de óvulos)
que existem nos ovários: quando esta quantidade é pequena, o valor de FSH é
alto. Desta forma, para a reprodução, é melhor que o FSH tenha concentração
plasmática baixa. A concentração de FSH no sangue tende a aumentar com a idade,
sendo muito alta na menopausa.
LH - Abreviatura inglesa de
hormônio luteinizante. Este hormônio, também produzido na hipófise, como o FSH,
atua principalmente na iniciação do mecanismo de ovulação. Quando o LH aumenta
no sangue (o que ocorre aproximadamente no meio do ciclo menstrual, perto do
14º dia), o folículo se rompe e libera o óvulo, que pode ser capturado pela
tuba (trompa). Se a concentração de LH no sangue for muito alta, pode ocorrer
dificuldade de crescimento dos folículos e maturação dos óvulos, levando a
infertilidade por falha na ovulação.
ESTRÓGENO
O estrógeno induz as células de
muitos locais do organismo, a proliferar, isto é, a aumentar em número.
O estrogênio é produzido pelo
folículo ovariano em maturação. Esse hormônio é fabricado pelos ovários e
liberado na primeira fase do ciclo menstrual.
PROGESTERONA
Está principalmente relacionada
com a preparação do útero para a aceitação do embrião e à preparação das mamas
para a secreção láctea. Em geral, a progesterona aumenta o grau da atividade
secretória das glândulas mamárias e, também, das células que revestem a parede
uterina, acentuando o espessamento do endométrio e fazendo com que ele seja
intensamente invadido por vasos sanguíneos;
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