segunda-feira, 22 de junho de 2015

TURMA 100 - BIOENERGÉTICA II - BIOLOGIA

Bioenergética II: respiração celular { turma 100}
Como a energia é armazenada na célula?

Nas ligações fosfato da molécula de ATP.


ATP = Adenosina tri-fosfato;
Armazena nas suas ligações fosfatos à energia liberada na quebra da glicose;
Quando a célula precisa de energia para realizar alguma reação química, as ligações entre os fosfatos são quebradas, a energia é liberada e utilizada no metabolismo celular.
Essa molécula é formada pela união de uma adenina e uma ribose aderida a três radicais fosfato.

Aceptores intermediários de H+
NAD e FAD;
São aceptores intermediários de hidrogênio, ligando-se a prótons (H+) “produzidos” durante as etapas da respiração e cedendo-os para o oxigênio, que é aceptor final de hidrogênios.
NAD


FAD


Processos de liberação de energia:
Aeróbios: ocorre com a participação do oxigênio. Ele é o aceptor final de elétrons e hidrogênios;
Anaeróbios: Também chamado de FERMENTAÇÃO. Acontece sem a utilização de oxigênio. Os aceptores finais dependem do tipo de fermentação.
Respiração Aeróbica
Fases:
  1. Anaeróbia (glicólise): não necessita de oxigênio para ocorrer e é realizada no citoplasma;
  2. Aeróbia (ciclo de Krebs e cadeira transportadora de elétrons): requer e presença de oxigênio e ocorre dentro das mitocôndrias.

A respiração celular aeróbia degrada a glicose produzida na fotossíntese, liberando energia para a ressíntese de moléculas de ATP. 
O rompimento das ligações fosfato do ATP libera energia para diferentes atividades celulares.



A quebra da glicose libera energia que permite a ligação de fosfatos inorgânicos ao ADP (difosfato de adenosina), formando o ATP (trifosfato de adenosina) e permitindo o armazenamento dessa energia.
Quando a célula necessita realizar algum trabalho, um fosfato inorgânico é retirado do ATP (que se torna ADP) e há liberação de energia para a atividade celular.
O fosfato liberado pode ser usado para ressintetizar novamente o ATP.



As mitocôndrias geralmente têm a forma de bastonete e duas membranas lipoproteicas: a externa é lisa e a interna tem dobras chamadas de cristas mitocondriais. O espaço interno é preenchido pela matriz mitocondrial, onde existem enzimas, DNA, RNA e ribossomos. Por esse motivo são consideradas organelas independentes, pois sintetizam suas próprias proteínas.


RESPIRAÇÃO CELULAR
1ª etapa: os carboidratos e lipídeos, principalmente a glicose e os ácidos graxos, são as principais substâncias quebradas para a respiração celular.
A glicose é quebrada no citosol em um processo chamado glicólise, onde se formam duas moléculas de ácido pirúvico, liberando uma certa quantidade de energia (4 moléculas de ATP), que produz 2 moléculas de NADH2 e consome oxigênio.
       C6H12O6    -à                  2 C3H4O3
  Glicose                                     Ác. pirúvico
Glicólise
Quebra da glicose em:
2 moléculas de piruvato + NADH + ATP



Após a formação dos ácidos pirúvicos, eles entram na mitocôndria, sendo atacados então por desidrogenases e descarboxilases;
 Logo, são liberadas moléculas de CO2 pela célula e hidrogênios que são capturados pelo NAD;
 O acetil formado combina-se com a Co-enzima A (Co-A) e a nova molécula (Acetil-CoA) começa o ciclo de Krebs .
          RESPIRAÇÃO CELULAR
2ª etapa: o ácido pirúvico entra na mitocôndria e é convertido em acetil-coenzima A, que então é metabolizada pelo ciclo do ácido cítrico (Ciclo de Krebs);
Nessa etapa, uma quantidade de energia é liberada, sendo uma pequena parte utilizada para converter 3 NAD+ em 3 NADH .
No Ciclo de Krebs, a Acetil CoA sofre uma série de modificações que acabam produzindo ácido oxaloacético, para assim recomeçar o ciclo;
Essas reações liberam 2 moléculas de CO2 e produzem 3 moléculas de NADH e 1 molécula de FADH2.
          Ciclo de Krebs
São liberados vários hidrogênios, que são então capturados pelos NAD e FAD, transformando-se em NADH2 e FADH2;
Ocorre também liberação de energia resultando na formação de ATP.
          RESPIRAÇÃO CELULAR
3ª etapa: Depois, os elétrons de alta energia por complexos enzimáticos, onde os elétrons cedem energia e produzem 36 mols de ATP por mol de glicose consumida.
Esse processo é chamado fosforilapercorrem a cadeia transportadora de elétrons ou cadeia respiratória, que é composta ção oxidativa e ocorre na membrana interna da mitocôndria.
          Cadeia Transportadora de Elétrons
Ocorre nas cristas mitocondriais;
Também chamado de Fosforilação Oxidativa.
É um sistema de transferência de elétrons provenientes do NADH2 e FADH2 até a molécula de oxigênio.
oxigênio), ocorre liberação de energia que é convertidaOs elétrons são passados de molécula para molécula presente nas cristas mitocondriais chamados CITOCROMOS.
Os elétrons são passados de molécula para molécula presente nas cristas mitocondriais chamados CITOCROMOS.
          Quando o elétron “pula” de um citocromo para outro até chegar no aceptor final (o oxigênio), ocorre liberação de energia que é convertida em ATP.



Citocromos -São proteínas transferidoras de elétrons que possuem Fe e Cu e estão localizadas nas cristas da mitocondria.




As reações químicas da respiração aeróbia:
- quebram a molécula de glicose e liberam pequenas quantidades de energia para a célula utilizar;
- são reações de oxidação, que retiram átomos de hidrogênio da  molécula de glicose.







A FERMENTAÇÃO E A RESPIRAÇÃO
São duas vias catabólicas responsáveis pela transferência de energia de compostos orgânicos (glicose) para moléculas de ATP.
Em ambos os processos estão implicadas:
Reações de descarboxilação (perda de dióxido de carbono)
Reações de fosforilação (transferência de fosfato, Pi)
Transferências de energia do tipo oxidação – redução.
*      A FERMENTAÇÃO
Processo simples e primitivo de obtenção de energia a partir de compostos orgânicos.
Seres anaeróbios facultativos
Organismos aeróbios que conservaram a capacidade de recorrer à fermentação para produzir energia, nos curtos períodos em que o oxigénio não se encontra disponível.
Seres anaeróbios obrigatórios
São seres que têm na fermentação a sua única fonte de obtenção de energia.
A fermentação ocorre na hialoplasma das células e compreende duas etapas:
Glicólise: conjunto de reações que degradam a glicose até ácido pirúvico ou piruvato.
Redução do piruvato: conjunto de reações que conduzem à formação dos produtos da fermentação (etanol, ácido láctico, ácido acético, etc.).
*      A GLICÓLISE
As moléculas de glicose vão sofrer uma série de reações durante um processo denominado glicólise que é comum à respiração e à fermentação.
A glicólise ocorre no citoplasma das células.

Na glicólise, a glicose é parcialmente oxidada, formando por cada molécula:
Duas moléculas de ácido pirúvico (ou piruvato), constituídas por 3 átomos de carbono cada, que ainda contêm grande quantidade de energia nas suas ligações.
Duas moléculas de NADH, a partir da redução do NAD+.
Quatro moléculas de ATP, embora sejam consumidas duas moléculas de ATP na fase inicial, para ativar o processo.
*      A REDUÇÃO DO ÁCIDO PIRÚVICO
Os produtos finais da fermentação alcoólica e da fermentação láctica diferem em função das reações que ocorrem a partir do ácido pirúvico.
Fermentação Alcóolica:
O ácido pirúvico experimenta a descarboxilação, libertando dióxido de carbono.
O composto formado é reduzido a etanol, um composto formado por 2 átomos de carbono.
Intervém o NADH formado na glicólise que é oxidado novamente a NAD+.
*      Fermentação Láctica:
O ácido pirúvico experimenta redução ao combinar-se com os átomos de hidrogénio transportados pela molécula de NADH.
Forma-se ácido láctico, composto com três átomos de carbono.
*      Podem existir outros tipos de fermentação:
*      Fermentação acética: o produto final é o ácido acético (ex.: vinagre).
*      Fermentação butírica: o produto final é o ácido butírico (ex.: provoca a alteração da manteiga).
*      A FERMENTAÇÃO E O EXERCÍCIO FÍSICO INTENSO
Em caso de exercício físico intenso, as células musculares humanas, por não receberem oxigénio em quantidade suficiente, podem realizar a fermentação alcoólica, além da respiração aeróbia.
Desta forma, conseguem sintetizar uma quantidade suplementar de moléculas de ATP.
A acumulação de ácido láctico nos músculos é responsável pelas dores musculares que surgem durante estes períodos de intenso exercício.
O ácido láctico assim formado é rapidamente metabolizado no fígado, sob pena de se tornar altamente tóxico para o nosso organismo. 
*      APLICAÇÕES PRÁTICAS DA FERMENTAÇÃO
Os mecanismos de fermentação nos microrganismos, além de permitirem mobilizar energia contida em moléculas orgânicas, como a glicose, conduzem também à síntese final de substâncias que têm sido utilizadas para proveito humano.
Fabricação de Pão:
O CO2 libertado na fermentação alcoólica fica aprisionado na massa conferindo ao pão cozido o seu aspecto alveolar.
O álcool produzido evapora-se durante o cozimento da massa.
*      Fabricação de Bebidas Alcoólicas:
O CO2 é libertado e o álcool acumula-se.
No fabrico de vinho as leveduras encontram-se nas uvas e no fabrico da cerveja as leveduras encontram-se nos grãos de cereais.
*      Fabricação de Produtos Lácteos e Fermentados:
A fermentação láctea é responsável pelo azedar e coagular do leite.
O ácido láctico mudando o pH do meio provoca a coagulação das proteínas do leite. 
*      Fermentação
É o processo de degradação incompleta de substâncias orgânicas com liberação de energia, realizada principalmente por fungos e bactérias;
Existem diversos tipos de fermentação, que variam quanto ao produto final;
No processo de fermentação, o aceptor final de hidrogênios é o produto final.
Pode ser de dois tipos:
Fermentação Alcoólica;
Fermentação Láctica.
Fermentação Alcoólica
Finais: etanol, CO2 e 2 ATPs;
Realizada por leveduras que são utilizadas na produção, pouco eficaz , no que diz respeito à liberação de energia, pois uma molécula de glicose só rende 2 ATPs.



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